O bullyng sempre existiu

O BULLYNG SEMPRE EXISTIU

( Anne Lieri)

O bullyng não é de hoje.

A maioria de nós da geração 50/60 sofreu com esse problema nas escolas.

Eu já contei aqui do menino que me perseguia cantando a música do Roberto Carlos na quarta série.

Era a canção que o cantor venceu o “Festival de San Remo” na Itália: “Canzone per te”.

Tudo porque havia a palavra “hai regalato” e eu usava óculos e tinha os olhos grandes e assustados (arregalados...rsss...).

Declaração de amor diária? Não. Bullyng.

Cada um de vocês deve ter uma historinha para contar.

Mas os tempos são outros,a vida era mais simples, podíamos brincar na rua e não havia tanta violência como hoje.

Um adolescente pode ser cruel com outro.

Especialmente com aquele que não se encaixa, que é diferente.

Ele acaba sofrendo com brincadeiras de mau gosto que podem se transformar em verdadeiras agressões.

São gestos, palavras, olhares, desprezo, agressões físicas, boicote do grupo.

Aquele que pratica bullyng quer se auto afirmar, ser o maioral, o “gostosão”.

O que sofre bullyng alimenta medos, traumas, lembranças ruins, fobias e, mais grave ainda, pode desenvolver sérios transtornos psicológicos.

O que faz um homem pegar uma arma, entrar numa escola e sair atirando em crianças indefesas?

Apenas o bullyng não justifica uma ação dessas, porque muitos de nós sofremos com isso e não desenvolvemos essa tendência.

Por trás dessa atitude há uma história de vida, de família, da sociedade e época que vivemos, a formação do caráter e mesmo a espiritualidade que podem explicar melhor essa reação.

Vamos preparar nossos filhos para saber se defender desses ataques, dizendo “não”, contando para seus pais e professores o que se passa, pois aquele aluno que se cala é o que mais preocupa.

Triste realidade o que ocorreu no “Realengo”, mas essa ,teremos que engolir!

Esse texto faz parte da 7ª edição jornalistica do "Projeto Creativite" com o tema "Bullyng".

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