domingo, 11 de dezembro de 2011

Ovelhinha perdida





Ovelhinha perdida
 ( Anne Lieri)



E naquela noite Matheus, o menino pastor, sentiu uma magia no ar.
As ovelhas também sentiram, pois estavam mais calmas que de costume.
De repente, na contagem, uma ovelhinha desgarrada...
Matheus era o responsável pelo rebanho.
Temendo ser repreendido por seu patrão desumano, o menino deixou o cão cuidando da maioria e saiu pelas pradarias procurando a menorzinha.
Fuça de cá, fuça de lá e nada da fugitiva encontrar.
A noite estava tão quieta, pensou por alguns instantes!
No céu negro e azulão, notou apenas uma luz.
Era uma estrela diferente que, de tão próxima, parecia poder pegá-la com as mãos.
Seu brilho intenso, quase sobrenatural, parecia avisar que hoje nada era igual.
Notou que a tal estrelinha pairava sobre um estábulo.
Esquecendo seu dever, o menino sentiu-se um pouco encantado.
Caminhou atraído por aquela energia e  percebendo em seu coração, que algo maior havia ali.
Chegando ao barracão, viu uma cena surreal: um homem, uma mulher e um bebê especial.
Sua mente estava vazia, mas seu coração batia forte.
Sentia que algo havia de importante naquele local, mas sua mente não definia os sentimentos.
A criança era adorável e, embora envolvida em trapos, brilhava!
Trazia em si vida nova, uma força incomum, uma presença divina...
Matheus caiu de joelhos, mesmo sendo tão pequeno, contemplando esse momento!
Não desgrudava o olhar de moleque sofrido e tristonho, do garoto que nasceu na manjedoura coberta de  feno.
A paz que sentiu percorreu todos os seus poros.
Via apenas o bebê e o sorriso amoroso da senhora...
Aos poucos foi percebendo outros pastores e animais ao seu redor.
Pessoas humildes chegavam do nada, compartilhando o silêncio e a paz.
E, a seu lado, brejeira, reparou depois de algum tempo, sua ovelhinha fujona que, com certeza, sabia mais que ele... um menino!

10 comentários:

Ivana disse...

As emoções nesse época se afloram, com essa mensagem então ficamos ainda mais emocionados, linda sua crônica. Um abraço, um ótimo domingo. Bjs

João Felipe disse...

Que historinah bonitinha. Que o menino jesus cuide de nos no natal! beijos

Célia Gil disse...

Um conto de encantar! Muito lindo mesmo! Bjs e o resto de um bom domingo!

Ane disse...

Oi Anne!Menina,amei seu conto!Esta época de Natal é mesmo mágica!Um beijo em cada bochecha!

Maria Luiza disse...

Anne, que coisa mais linda, vc usar a parábola da ovelha perdida. Como professora e catequista nós, os alunos e eu montávamos essa parábola em livretinhos. Cada um fazia o seu. Depois eu mandava encadernar com araminho e ficava a coisa mais linda. Eu lia essa parábola de um livrinho das irmãs Paulinas, ainda não era Paulus. O livrinho se chamava: "Eliseu e suas ovelhas" Até hoje, as emoções que eu sentia lendo para eles desenharem e escreverem estão aqui, bem guardadinhas. Parabéns Anne! Grande abraço!

Luna disse...

bonito conto de Natal, todos devemos procurar a nossa estrela guia
bjs

maria claudete disse...

Este olhar de reflexão sobre o Natal ,visto desta forma, nos comove...este menino representa-nos nas nossas incertezas das buscas e aflições...o achado através do inusitado, a ovelha que supõe-se "perdida" é o elo que nos conduz...nosso Anjo da Guarda? nossa intuição? A verdade é que se buscamos , encontramos sempre Jesus a nos esperar.Parabéns Anne e Feliz Natal!

Tunin disse...

A suavidade do texto, remete-nos à paz do natal. Excelente! Abração.

Calu Barros disse...

Que encantamento vc nos presenteou com este conto, Anne.
Apontou com delicadeza a importância de acreditarmos no inesperado e seguirmos o coração iluminado pela estrela-guia protetora.
belíssimo.
Bjos,
Calu

Valéria disse...

Oi Anne!
Lindo!
Esta época é mesmo mágica e inspiradora!
Beijinhos!

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